Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo

Defesa

BENCHMARK ENERGÉTICO PARA SUPERMERCADOS DE MÉDIO PORTE
Thiago Toledo Viana Rodrigues
Joyce Correna Carlo / UFV
Olga Moraes Toledo / CEFET-MG
Francisco Javier Rey Martinez / University of Valladolid
Roberta Vieira Gonçalves de Souza / UFMG
Clarissa Ferreira Albrecht / UFV
17/03/2023

As pesquisas em eficiência energética, geralmente, concentram-se em abordar edifícios residenciais e de escritórios, deixando para segundo plano outros tipos de edificações, como os supermercados. O desenvolvimento de benchmarks energéticos para a tipologia pode ajudar a suprir esta lacuna. Geralmente, são utilizadas duas abordagens para a elaboração de benchmarks: a top-down ou a bottom-up. Nenhuma está isenta de críticas e a hipótese é que a sua combinação torne a metodologia mais robusta. O objetivo deste trabalho consistiu em comparar diferentes abordagens na elaboração de um benchmark energético para a tipologia de supermercados de médio porte ventilados naturalmente e localizados na região Sudeste do Brasil. O método adotado envolveu dois estudos de caso, a criação de um modelo representativo, a criação de um banco de dados paramétricos de consumo de energia e a comparação entre as duas abordagens. O sistema de refrigeração representou a maior parcela dos usos finais de energia nos estudos de caso, cerca de 74% e 82% nos supermercados avaliados. As simulações paramétricas geraram um banco de dados com 1536 modelos, cuja análise de sensibilidade identificou os parâmetros mais influentes no consumo na abordagem bottom-up e uma análise de percentil foi executada na abordagem top-down. A bottom-up mostrou que as variáveis construtivas e o clima tiveram pequena influência sobre o consumo, que pode ser explicada pela configuração especial da tipologia, a regressão linear múltipla obteve um coeficiente de determinação de 0,97, CVRMSE de 2,47% e NMBE de 1,14% na validação entre o equacionado e o simulado. Os limites para o EUI típico (benchmark) foram próximos para as duas abordagens, levando-se à rejeição da hipótese. Assim, confirmou-se que a abordagem bottom-up para supermercados é mais onerosa, mas permite estudos e inferências sobre o desempenho ambiental e singularidades da tipologia focados nos sistemas da edificação, enquanto a top-down não gera informações detalhadas. A escolha sobre qual abordagem utilizar deve levar em conta os objetivos do benchmark.

Palavras-chave: Eficiência Energética. Benchmarking. Supermercado.

Tese